segunda-feira, 14 de janeiro de 2013



Vamos falar um pouquinho de Paz!
Primeiro de janeiro é o dia Mundial da Paz, festejamos a Confraternização Universal. São Paulo escreve em sua Carta aos Filipenses: “Então a paz de Deus, que excede de toda compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos em Cristo Jesus” (Fl 4, 7). São Paulo refere-se a pacificação interna de um fiel. Não está tratando da paz adquirida após todo tipo de brigas ou mesmo guerras. É difícil alcançar a perfeita compreensão do que seja a Paz interior. Não podemos defini-la teoricamente. Os santos são exemplos da conquista desta Paz interior. São Francisco de Assis expressou sua máxima de Paz em sua própria vida, como neste trecho de seus escritos, que eu tenho a alegria de transcrever neste editorial a todos os meus paroquianos desejando um ano de 2013 cheio de Paz: “Francisco ficou em companhia de Frei Leão. Ficaram o dia inteiro na gruta das rochas, pensando na pobreza de Belém, na reconciliação Universal entre a matéria e o espírito. Sentia desejos fortíssimos de contemplar, com os próprios olhos, o menino que uniu o céu e a terra. Ao anoitecer, Francisco subiu para a cabana. Depois de cear, ficou inquieto, porém nada dizia...Irmão Francisco, diga alguma coisa! – disse Frei Leão. Palavras? – perguntou Francisco.  As palavras acertadas aqui são lágrimas. É demais, irmão Leão! O Senhor foi bom demais conosco. Quando penso em Belém, só posso chorar. Não sei falar, irmão Leão. Só poderia dizer algumas palavras soltas, contudo, é melhor o silêncio com as lágrimas. Pois diz essas palavras soltas que o mistério do Natal te faz lembrar - insistiu frei Leão. Francisco ficou muito tempo em silêncio, com os olhos fechados. Depois abriu a boca para dizer alguma coisa, porém não disse nada. Parecia que o Irmão estivesse controlando as emoções e tentando reduzi-las a palavras. No fim, com voz suave e dulcíssima, começou a debulhar devagarzinho as palavras soltas: Belém! Humildade! Paz! Amor! Aurora! Amanhecer! Bondade! Luz! Paz! As últimas palavras quase não se ouviam. Depois, o Irmão Francisco calou-se e não quis falar mais. Passado algum tempo, frei Leão adormeceu. Quando acordou, na manhã seguinte, Francisco estava já em pé. Frei Leão nunca soube se Francisco dormira naquela noite de 1º de Janeiro de 1221”.
                                 Retirado do livro “O Irmão de Assis, Inácio Larrañaga”
                                                                             Pe. Juverci Pontes Siqueira 

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